quinta-feira, 24 de novembro de 2016

EMPREGADO DOMESTICO



Entre os meses de fevereiro e novembro de cada ano, o empregador deve pagar de uma só vez, como adiantamento da Gratificação de Natal, metade do salário recebido pelo empregado no mês anterior.

O pagamento da 2ª parcela do 13º Salário deve ser realizado até o dia 20 de dezembro de cada ano, sendo antecipado se este dia não for útil.

A legislação estabelece que os recolhimentos de tributos e depósitos decorrentes da relação de emprego doméstico são efetuados mediante utilização de documento unificado de arrecadação, denominado DAE - Documento de Arrecadação do eSocial.

Para emissão do DAE, o empregador doméstico deve acessar o site do eSocial, no endereço: www.esocial.gov.br.

O DAE abrange as seguintes parcelas incidentes sobre a folha de pagamento:

a) 8% a 11% de contribuição previdenciária do empregado doméstico;

b) 8% de contribuição patronal previdenciária devida pelo empregador doméstico;

c) 0,8% de contribuição social para financiamento do seguro contra acidentes do trabalho;

d) 8% de recolhimento para o FGTS;

e) 3,2%, como antecipação da indenização compensatória nas demissões sem justa causa, rescisão indireta (justa causa aplicada pelo empregado) e culpa recíproca; e

f) Imposto de Renda retido na fonte, se incidente.

As contribuições, os depósitos e o imposto relacionados nas letras "a" a "f" incidem sobre a remuneração paga ou devida no mês anterior, a cada empregado, incluída na remuneração o 13º Salário.

Neste Comentário, abordamos como o empregador deve recolher o Simples Doméstico sobre a remuneração do 13º Salário.

Fonte: COAD
Link: http://www.coad.com.br/home/noticias-detalhe/75949/orientacao-veja-como-recolher-o-simples-domestico-do-13-salario

Entenda o que é Inscrição Municipal e para que serve



Durante o processo de criação de uma empresa, existe uma série de procedimentos necessários para garantir que tudo esteja dentro das determinações da lei. Um deles é a inscrição municipal, por meio da qual a regularidade fiscal do negócio ficar


Durante o processo de criação de uma empresa, existe uma série de procedimentos necessários para garantir que tudo esteja dentro das determinações da lei. Um deles é a inscrição municipal, por meio da qual a regularidade fiscal do negócio ficará registrada no portal do município onde a empresa se situa.
No post de hoje, explicaremos qual é o procedimento para a obtenção da inscrição municipal, o que é e para que ela serve, além de outras orientações para a abertura do seu negócio. Acompanhe!

O que é a Inscrição Municipal?

Trata-se do número de identificação da empresa no cadastro municipal do município em que ela se localiza. Por meio dele, é possível à prefeitura acompanhar a regularidade fiscal da empresa e as atividades do contribuinte. Essa inscrição é obrigatória às empresas prestadoras de serviço, uma vez que ela tem relação direta com o Imposto Sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN).

Para que serve a Inscrição Municipal?

Além de permitir ao município fiscalizar e controlar o pagamento de tributos e evitar a sonegação de impostos, a inscrição municipal também cumpre a finalidade de informar aos consumidores que aquela empresa está devidamente cadastrada na prefeitura, o que é uma garantia a mais da sua idoneidade. A inscrição deve ser afixada junto ao alvará de localização e funcionamento.
Além disso, ela também é necessária para a emissão de notas fiscais e para a obtenção de certidões negativas, imprescindíveis para a participação em licitações públicas.

Como obtê-la?

Cada município tem um procedimento próprio e a relação de documentos necessários pode variar de um local para outro. Contudo, de modo geral os documentos pedidos para a realização da inscrição municipal costumam ser:
  • Requerimento para autorização de abertura da empresa;
  • Declaração Cadastral Municipal (DECA);
  • Comprovante de propriedade ou locação da empresa;
  • CNPJ;
  • Cópia da Ata, Estatuto Social ou Contrato Social;
  • Planta e Habite-se do imóvel;
  • Documentação pessoal dos sócios (CPF e RG), bem como os comprovantes residenciais de todos os sócios; e
  • Quando microempresário ou empresa de pequeno porte, apresentação de declaração de enquadramento.
Em alguns casos, dependendo do ramo de atividade do negócio, serão solicitados alguns documentos adicionais, como alvará de vigilância sanitária (para empresas de ramo alimentício e saúde), laudo de vistoria do corpo de bombeiros, cópia de licença ou dispensa de meio ambiente, entre outros.
Para evitar dores de cabeça, confira no município em que sua empresa se situa a documentação necessária e, se possível, procure uma consultoria contábil para providenciar a documentação.

O que é a pesquisa prévia de viabilidade?

Antes de fazer a inscrição municipal, é preciso realizar um outro procedimento: a pesquisa prévia de viabilidade. Sua finalidade, como o nome já indica, é a verificação por parte do município da viabilidade do seu empreendimento em um determinado local da cidade. Isso é especialmente importante em caso de atividades consideradas perigosas ou que apresentem risco ambiental.
Mais uma vez, cada cidade adota um procedimento próprio. Em alguns casos, essa consulta pode ser realizada por meio do site da prefeitura; em outros, é preciso fazê-la manualmente.

Fonte: SITE CONSTADORES
Link: http://contadores.cnt.br/noticias/tecnicas/2016/11/24/entenda-o-que-e-inscricao-municipal-e-para-que-serve.html

quinta-feira, 17 de novembro de 2016

Quanto vale o dólar de Trump?



Conheça a estratégia para proteger seus investimentos em períodos de alta volatilidade, como deve ocorrer nos próximos meses
Autor: Flavia Galembeck

O dia nove de novembro nem havia amanhecido no Ocidente e o caos já batia o cartão nas bolsas asiáticas. Do outro lado do Pacífico, a voz das urnas americanas contrariava todas as pesquisas de intenção de voto. A disputa chegou ao fim com a eleição de Donald Trump para a presidência dos Estados Unidos. A resposta foi rápida, como ocorre quando algo vai de encontro às previsões do mercado financeiro. O Nikkei, principal índice da bolsa do Japão, despencou mais de 6%, a maior queda desde 24 de junho, quando o resultado do referendo no Reino Unido pela saída da Comunidade Europeia veio à tona.

Na Coreia do Sul, o índice de referência Kospi chegou a cair 4%. Com o início do pregão das bolsas europeias, o Dax, índice da bolsa alemã, caiu mais de 4% e o CAC-40, da França, 3%. Já o ouro voltou a brilhar após três dias em baixa, com alta superior a 3%. A tendência baixista, no entanto, perdeu o ritmo devido ao tom conciliador do primeiro discurso de um Trump não mais candidato e já presidente eleito. Os mercados se recuperaram à medida que o tom mais moderado foi sendo digerido nos fechamentos de 9/11.

Com exceção da Ásia, onde o Nikkei encerrou em baixa de 5,36%, e o Kospi, com queda de 2,25%. O Dow Jones e o S&P 500, indicadores da bolsa americana, fecharam o pregão com altas de 0,4% e 0,38%, respectivamente. Lá, o ouro fechou com alta de 3,16%. Apesar do rali, o FTSE, principal índice do Reino Unido, encerrou o pregão com valorização de 1%, o CAC, com 1,5% a mais, e o Dax, com alta de 1,6%. Apesar de no começo do pregão no mercado americano ter havido venda de dólares, para a compra de iene, que acumulou alta de 2%, a moeda americana se recuperou ao longo do dia.

O índice ICE, uma medida do desempenho do dólar, subiu 0,7%, recuperando-se da queda de 2% do início do pregão. Outro índice, o Dólar WSJ BUXX, encerrou o dia com alta de 0,9%. Por aqui, o Ibovespa, que chegou a cair 3,7%, encerrou o dia com queda de 1,4%, a 63.258 pontos. Apesar da intensa volatilidade, houve crescimento no volume financeiro do dia. Na véspera da divulgação do pleito, a bolsa paulista havia movimentado R$ 8,3 bilhões. Na quarta-feira 9, o volume de recursos foi de R$ 10,5 bilhões. Mesmo não tendo causado o mesmo efeito do Brexit, é consenso entre os analistas que a volatilidade trazida com a eleição de Donald Trump deve marcar presença nas bolsas mundo afora por um tempo.

Pelo menos até que novo presidente dos Estados Unidos anuncie sua equipe econômica e as prioridades de seu governo, separando o candidato do novo morador da Casa Branca, e as promessas de campanha do plano de governo. “Até que Trump demonstre com clareza como será sua gestão haverá volatilidade”, afirma Eduardo Coutinho, coordenador do curso de Administração do Ibmec/MG. “Acredito que, assim como aconteceu na eleição de Lula, em 2002, que trouxe uma ruptura e muita volatilidade, o governo de Trump não terá nada de mirabolante no primeiro ano e que as ações de impacto maior virão ao longo do tempo”, afirma Francisco Giffoni Meirelles de Andrade, sócio da gestora Forpus Capital.

Para Andrade, a volatilidade na bolsa brasileira pode ser aproveitada para a compra de papéis na baixa. “Assim como aconteceu no Brexit, isso traz oportunidades.” O gestor recomenda as ações de bancos, shoppings, empresas de energia e de saneamento, que devem se beneficiar da queda futura dos juros no Brasil e têm maior previsibilidade de receitas, logo, de pagamento de dividendos também. Já das commodities, ele recomenda distância, ao menos por enquanto. Afinal, o momento é de cautela. “Os investidores estão tentando trazer a carga de racionalidade, vendo o que faz sentido dentro da realidade.”
Outra consequência da vitória de Trump pode ser o adiamento do aumento da taxa de juros, na reunião de 14 de dezembro, do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos). A BlackRock, a maior administradora de dinheiro do mundo, acredita que a turbulência do mercado resultante da vitória de Donald Trump pode fazer com que o Fed adie, novamente, o aumento das taxas. Isso elevaria o fluxo de investimento estrangeiro no Brasil, que desde junho tem sido de, em média R$ 15 bilhões ao mês. Segundo Maurício Gaioti, analista da Ourominas, a tendência é de que o dólar se mantenha em um patamar acima de R$ 3,20, mas não ultrapassando R$ 3,40, ao menos enquanto Trump não anuncia sua equipe e primeiras ações.

Caso ele volte a ter ataques verborrágicos, a moeda americana poderia ultrapassar os R$ 3,40, o que levaria o Banco Central a vender dólares para conter a alta. Sandra Blanco, consultora de investimentos da distribuidora de produtos financeiros Órama, recomenda que, diante desse cenário de muitas incertezas e volatilidade, o ideal é que o investidor local divida seus recursos entre fundos multimercados, que trazem elementos como juros e câmbio, geridos por profissionais, e dentro de um horizonte de médio ou longo prazo. Segundo Blanco, esse investimento pode concentrar entre 20% a 30% dos recursos, dependendo do perfil do investidor. Em ações, a consultora recomenda uma fatia de entre 5% a 10%, para quem ainda pretende ingressar na bolsa.

“Vale lembrar que haverá volatilidade e há incertezas de curto prazo sobre a geração de resultados pelas companhias, devido à deterioração da economia brasileira.” Já para a renda fixa, há ainda muito espaço para se aproveitar de uma das maiores taxas de juros do mundo, de 14% ao ano. Ela recomenda os títulos pré-fixados e atrelados à inflação, como Letras de Câmbio que pagam 6,5% e CDB com remuneração de 7,5% de juros reais ao ano. Para esse investimento, ela recomenda entre 50% e 60%. “Temos bons frutos a colher daqui para a frente, com a aprovação do teto do limite de gastos do governo, a intenção de reformar a previdência, a inflação cedendo e a queda de juros. É hora de montar posições para aproveitar o cenário mais à frente”, diz Blanco.
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Demita os prejuízos
Os que os especialistas esperam para os anos Trump
Bolsas americanas
Aumento da volatilidade. Empresas ligadas à infraestrutura devem subir se Trump investir os US$ 500 bilhões prometidos
Dólar
Deve cair em comparação com o iene e o franco suíço e se valorizar ante as moedas de países emergentes. Tendência de alta no longo prazo pelo corte de impostos e aumento de gastos
Commodities
Ouro, metais preciosos e cobre devem subir, este pela infraestrutura. Petróleo e carvão em alta, energias renováveis em baixa
Títulos do Tesouro americano
Os preços devem subir e os yields (retornos) devem cair. Se houver corte de impostos, o dinheiro pode migrar para ações
Papéis de países emergentes
A perspectiva é negativa, com a revisão de acordos comerciais

FONTE: ISTOE DINHEIRO
LINK: http://www.istoedinheiro.com.br/noticias/investidores/20161111/quanto-vale-dolar-trump/431551